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Peixes

Informação, história, lendas

Constelação Peixes (Pisces)

Localiza-se na zona equatorial

Durante centenas de anos, esta débil constelação zodiacal foi considerada como um ou dois peixes.

Não é uma constelação de fácil localização pois é extensa e constituída por estrelas de fraco brilho, mas pode ser encontrada se seguirmos a direção apontada pelas Plêiades (enxame estelar aberto em Touro) ou, vagamente, pelo escudo de Orionte. Quem saiba localizar a constelação vizinha do Carneiro (Aries), com as suas duas estrelas mais brilhantes, tem a tarefa muito facilitada. Peixes apresenta o formato de um " V " muito extenso que parece encaixar num dos vértices do famoso "Quadrado de Pégaso", asterismo fácil de encontrar e que identifica a constelação do cavalo alado.

Peixes
Fig. 1 - Constelação Peixes

Esta constelação é muito antiga e a sua origem parece remontar à civilização babilónica. Peixes representava para os Gregos, Afrodite (a deusa do amor conhecida pelos Romanos como Vénus) e o seu filho Eros (o deus da paixão e do erotismo conhecido pelos Romanos como Cupido), transformados em dois peixes para escaparem ao monstro Tífão. Afrodite teria atado uma corda entre si e Eros para que não se perdessem um do outro.

A lenda conta que os deuses do Olimpo haviam travado uma série de batalhas com outras duas raças - os Gigantes e os Titãs - pela supremacia sobre a Terra. Após terem conseguido alcançar a vitória, subjugando os seus inimigos, Gaia (deusa grega que personificava a própria Terra) enviou o poderoso monstro Tífão para enfrentar os deuses olímpicos. Apanhados de surpresa, a maioria transformou-se em animais de diferentes espécies e conseguiu iludir a criatura, mas o seu líder, Zeus, acabou por ser capturado por Tífão. A lenda termina com a derradeira vitória de Zeus, que consegue libertar-se, persegue e derrota o monstro, soterrando-o (segundo uma das versões do mito) sob o vulcão Etna. Imortal, Tífão permanece no seu interior, provocando a erupção do vulcão quando incomodado.

Estrelas e objetos do céu profundo

Peixes
Fig. 2 - Figura da constelação Peixes

O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Piscium.

M 74 - Trata-se de uma galáxia que quando vista de frente é uma galáxia em espiral próxima de Eta Piscium. Sendo a mais brilhante de Peixe, é muito débil em termos absolutos e é necessário um céu escuro e um telescópio de pelo menos 200 mm para a poder observar.

Alfa Piscium - Esta estrela tem o nome próprio Alresha ou Alrisha do árabe significando "a corda" ou "o fio" (no sentido em que poderia referir-se a uma linha formada por várias estrelas aparentemente próximas). É uma dupla física (a proximidade entre as estrelas que a constituem é real) difícil de se observar separada nas duas componentes através de telescópios modestos. Apesar de estar classificada como estrela Alfa da constelação, é apenas a terceira estrela mais brilhante, apresentando uma Magnitude global de 3,8.

Estrela de Van Maanen - Este é um estranho exemplo de uma estrela branca anã que apresentando uma magnitude de 2,2, pode ver-se com um telescópio de 200 mm.

Referências:

Observar o Céu - David Levy - editora atena

Wikipédia - Constelação

Wikipédia - Lista de constelações

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