constelações

Hidra Fémea

Informação, história, lendas

Constelação Hidra Fémea (Hydra)

Localiza-se no hemisfério sul

Hidra Fémea
Fig. 1 - Constelação Hidra Fémea

A Hidra era a serpente de nove cabeças que Hércules teve de matar num dos seus doze trabalhos. Cada vez que lhe cortava uma cabeça, surgiam outras duas. Quando o seu sobrinho queimou o tronco dos pescoços cortados, impedindo assim que crescessem novas cabeças, Hércules conseguiu então ultrapassar este obstáculo. A meio desta luta, Juno enviou Câncer, o Caranguejo, para que atacasse e distraísse Hércules. O Caranguejo picou Hércules e este pisou-o e matou-o. Juno posteriormente premiou o Caranguejo pela sua valentia situando-o no céu.

Tal como em outras grandes constelações, alguns cartógrafos tentaram acabar com a forma de serpente de Hidra. Em 1805, o astrónomo francês Joseph Lalande entreteve-se a fazer uma constelação chamada Félix, o Gato. Assim, Lalande formou o seu gato com as estrelas de Hidra e Antlia, mas a ideia não vingou. A Hidra continua a serpentear pelo céu.

A Hidra não é das constelações mais óbvias de se encontrar, devido a ser constituída na sua maioria por estrelas pouco brilhantes.

Estrelas e objetos do céu profundo

Hidra Fémea
Fig. 2 - Figura da constelação Hidra Fémea

O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Hydrae.

NGC 3242 - Uma nebulosa planetária de magnitude 8,6, também conhecida como Nebulosa Fantasma de Júpiter. O seu nome deve-se ao facto de algumas características da nebulosa, quando vista através de telescópios de abertura considerável, fazerem lembrar o aspeto do planeta Júpiter. Pode ser observada com telescópios pequenos.

M 48 - Este é considerado um objeto Messier perdido, porque ao princípio foi relatada de forma incorreta a sua posição. Crê-se que NGC 2548 é o mesmo que M 48, um grande grupo aberto que se pode ver bem com binóculos ou com um telescópio de campo amplo.

M 83 - Esta é uma galáxia em espiral de aspeto estranho, com três braços em remoinho. Apresenta magnitude 8 e é uma das galáxias mais brilhantes visível com binóculos.

R Hydrae - É uma das primeiras variáveis conhecidas. As mudanças de luz desta estrela Mira foram observadas pela primeira vez nos finais de 1600. Durante treze meses a sua magnitude varia de um máximo de 3,5 a um mínimo de 10,9.

V Hydrae - Esta estrela é uma gigante vermelha de baixa temperatura, que produz carbono, é um exemplo estranho de estrela deste tipo. É precisamente devido à sua cor carmesim que se pode encontrar com facilidade. A magnitude desta estrela é irregular, entre 6 e 12, com dois períodos sobrepostos, um de dezoito meses e outro de dezoito anos.

Referências:

Observar o Céu - David Levy - editora atena

Wikipédia - Constelação

Wikipédia - Lista de constelações

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